segunda-feira, 16 de junho de 2008

Onions & Opinions

O primeiro parágrafo deste artigo alude a um trecho do filme Shrek, que se enquadra muito bem aqui. Na película, o fato de os ogros serem como cebolas dá origem a duas opiniões distintas: uma da parte do burro, que diz que isso se deve ao fato de que os ogros fazem as pessoas chorar; e outra da parte do próprio ogro, ao dizer que os de sua espécie têm camadas.
Uma simples afirmação, por mais singela que seja, pode gerar diferentes opiniões, o que pode até criar conflitos entre os opinantes.
Quanto mais informação uma pessoa tem, mais concretas e bem apresentadas podem ser suas opiniões. Por outro lado, a ignorância dificulta a formulação das opiniões, principalmente quando o ignorante não assume sua falta de conhecimentos. Não utilizo aqui o termo “ignorância” como ausência de educação, mas de instrução.
Opiniões são preceitos bastante complicados. Funcionam da mesma maneira que gostos, crenças e certas coisas pessoais: cada um tem o seu. É bom haver, portanto, respeito entre todas as partes. O fato (indiscutível) é que é muito mais agradável conversar com pessoas que tenham opiniões parecidas com as nossas. E geralmente é dessa maneira que se criam os vínculos de amizade.
Conversar com pessoas cujas opiniões são distintas, no entanto, pode ser útil e até agradável, pois não deixa de ser uma troca de conhecimentos. Muitas vezes as pessoas mudam completamente suas opiniões a respeito dos mais variados assuntos após uma conversa em que houve troca de informações.
A convivência social e o acompanhamento da evolução global são essenciais para a formulação de opiniões e de princípios. Estes últimos variam entre as pessoas, e geralmente não são modificados, apenas aprimorados. Pelo menos é o que ocorre no meu caso. Sou seguidor da seguinte (clássica) menção de um dos mitos do Rock nacional: “eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”.
É difícil poder concluir que cada indivíduo sabe o que é melhor para si. Muitas vezes fazemos coisas sem pensar nas conseqüências, ou ao menos sem ter pensado o quanto deveríamos. Às vezes também é aconselhável ouvir a chamada “voz da experiência”, escutando nossas mães ou nossas avós – cujas opiniões nos podem ser de extrema importância.
Tristes realidades como a oniomania surgem da insegurança e da falta de confiança e de auto-estima que muitas pessoas têm atualmente. Problemas cotidianos como violência, preconceito e más condições de vida apenas agravam a situação global, criando círculos viciosos compostos somente por características ruins.
Aproveitemos nossas vidas então, se possível praticando o bem, pois as oportunidades não são eternas. Assim poderemos, talvez, parar de dizer “eu deveria ter feito aquilo”, e começar a dizer “vivi e aprendi”.

3 comentários:

Phygital Transformation - A Physical plus Digital changing Era disse...

Boa Léo.

As vezes nos perguntamos se tivéssemos todas as respostas da vida, se ela não seria mais engraçada, divertida e genial.

Mas creio que a vida só é engraçada, divertida e genial pois não conhecemos todas as repostas. O futuro é algo embaçado, nebuloso que sabemos de alguma coisa, mas não temos as respotas.

E se houver uma "resposta" no estrito senso, é impossível afirmar quais são as respostas mais certas ou menos certas (erradas). São simples respostas. Nossas decisões.

Perguntar algo para osmais idosos é algo inteligente, mas alcançar a sabedoria é algo pertinente ao nosso próprio ser. "Um homem pode se tornar mais inteligente através da cultura de outros homens, mas torna-se sábio quando conhece-se a si mesmo" Mahatma Ghandi.

- Mariana Merchiol - disse...

Leo...Alguns dias atrás, estávamos Fioravante e eu conversando e ele me contou que um professor nosso da faculdade disse que nenhuma opinião que temos é realmente nossa. Nós conhecemos algumas opiniões e pegamos uma emprestada. Nem quero pensar muito nisso porque decepciona! Já parou para pensar nisso? Nenhuma opinião que temos é realmente nossa? O.o

Anônimo disse...

Mas toda opinião tem um origem.